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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Muqueca do Meu Jeito!!!



Peixe é um negócio fenomenal. Mais ainda se estamos falando de filé de gurijuba (peixe amazônico com uma das carnes mais tenras que conheço).

Fiz essa muqueca para alguns amigos certa vez. Não há segredo. Você vai precisar de:
  • Filés de gurijuba (postas de mais ou menos 200g por pessoa);
  • Alho, cebola, sal, pimenta-do-reino moída na hora;
  • Leite de côco (uma garrafinha pequena se você fizer para duas pessoas - um filé para cada; caso contrário, use uma garrafa maior; calcule mais ou menos 100ml de leite de côco por filé individual);
  • Azeite de dendê (1 1/2 colher no máximo);
  • Cachaça (sim, cachaça!);
  • Cheiro-verde e salsa (você pode acrescentar ainda xicória e alfavaca, se quiser aumentar o mix de ervas), tudo picadinho;
  • Azeite de oliva extra-virgem;
  • 01 pimentão vermelho fatiado;
  • 01 pimentão amarelo (ou laranja) fatiado;
  • 01 tomate extremamente vermelho, fatiado;
Deixe o peixe de molho na cachaça durante 20 minutos (se quiser, acrescente algumas lascas de alho e tiras de cebola, junto com um punhado de ervas picadas - isso é opcional neste ponto da receita). Depois retire do vinhad'alho, tempere com sal e pimenta do reino à gosto. Dê umas batidinhas na carne para o tempero fixar bem.

Em uma caçarola, aqueça azeite, refogue alho e cebola e acrescente os filés marinados aos poucos (de preferência um a um; doure os dois lados do filé, retire-o da panela e repita o procedimento para o filé seguinte).

Quando todos os filés já tiverem sido "puxados" no azeite, volte-os para a caçarola. Entre eles (e sobre eles também), coloque rodelas de tomate e os pimentões. Derrame generosa quantidade de leite de côco, acrescente o azeite de dendê e todas as ervas. Tampe e deixe cozinhar por uns 15 a 20 minutos. É importante que a carne do peixe fique mergulhada nesse molho!

Passado o tempo de cozimento, é só servir. Eu acompanhei com arroz branco e servi de entrada algumas batatinhas marinadas em azeite e temperadas com sal, alho e cebola. Ficou um espetáculo.

OPCIONAL: você pode acrescentar uma caixinha de Pomarola (molho pronto de tomate) junto com o leite de côco, antes do peixe começar a cozinhar. Neste caso o molho da muqueca não ficará amarelinho (resultado do dendê), mas lindamente rosado!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

ESTAMOS DE VOLTA!!!

Depois de um tempo sem postar nada, eis-me aqui novamente, caros internautas! Testei algumas invenções, algumas adaptações e algumas loucuras, então, aqui vai a primeira: a saborosíssima SALADA MOUSINHO!!!


Você vai precisar de:
  • 01 bandeja pequena de tomates-cereja (acho que uns 150g, mais ou menos);
  • 04 colheres de sopa generosas de aceto balsâmico;
  • 200g de vagem (feijão verde) congelada (dá mais ou menos meio pacote; de uns tempos pra cá descobri o sabor desses vegetais congelados e a delícia que ficam quando cozidos no vapor - um dia escrevo sobre isso aqui no blog);
  • 200g de brócolis congelado (novamente, isso dá aproximadamente meio pacote);
  • 01 embalagem de ricota condimentada (mais ou menos 200g); eu normalmente uso a ricota Capixaba, gosto do tempero dela, mas você pode usar qualquer outra ricota condimentada ou mesmo a ricota normal - nesse caso, dê uma temperadinha nela com sal;
  • 150g de ervilhas congeladas;
  • 150g de milho doce congelado;
  • 01 cenoura pequena cortada à francesa (como a batata frita) ou simplesmente em tiras grossas;
  • 01 pimentão vermelho ou laranja; corte fora o tampo, tire as sementes e corte a casca formando "losangos" largos;
  • 03 dentes de alho (médios ou grandes) picados;
  • Pimenta-do-Reino e salsa desidratada (ou fresca, se preferir) à gosto.
Preparo:
Corte os tomates-cereja ao meio, coloque-os numa vasilha e misture com o aceto balsâmico. Tempere com um pouco de pimenta-do-reino (SEMPRE moída na hora) à gosto. Reserve (eles vão marinar deliciosamente por uns 20 minutos). Enquanto isso corte o queijo em cubinhos. Reserve.

Agora vamos preparar os vegetais. Se você tiver uma panela de cozimento a vapor, use-a. Se não, dá pra improvisar com um escorredor de macarrão de metal posicionado sobre uma caçarola com água fervente. Em último caso, cozinhe tudo dentro d'água mesmo (mas assim os nutrientes - ou uma parte significativa deles, pelo menos - irão se perder). Os brócolis, a vagem, o milho e a ervilha devem sair congelados de seu freezer direto para a panela fervente. Eles ficarão lá por cerca de 4-5 minutos. Lembre-se de temperar a água do cozimento com sal. Quando amaciarem (mas não muito, a ponto de esfacelar), escorra-os.

Quando fiz essa receita aqui em casa, usei um escorredor de macarrão como vaporeira improvisada, dentro da qual cozinhei os brócolis e as vagens. Os grãos, eu cozinhei numa panelinha com água e sal, mesmo.

 Nessa mesma panelinha eu cozinhei as cenouras. Elas ficam mais tempo (tirei os grãos com uma escumadeira e deixei as cenouras até o ponto ideal - você espeta um garfo e ele entra sem problemas, sem "destruir" a cenoura).

Já que você escorreu os vegetais e grãos que cozinharam rápido, e a cenoura ainda está se entrosando com a temperatura da água fervente, aproveite para refogar seus pimentões. Em uma frigideira anti-aderente, aqueça um fio de azeite e acrescente o alho picado. Um pouco antes deles dourarem, coloque os pimentões e uma ou duas pitadas de sal, a seu gosto. E aí vem o trabalho de paciência. Você vai refogar os pimentões até que eles estejam BEEEEEEMMM macios. Se preciso, acrescente mais um pouco de azeite. Demora um pouquinho para se atingir o ponto ideal (dependendo da potência do fogão, uns 15 a 20 minutos) mas o resultado final deve ser recompensador - você será premiado(a) com os mais tenros e suculentos pimentões refogados.

Agora vamos à MONTAGEM.

Em uma saladeira, coloque as cenouras (já cozidas) e os pimentões. Por cima (de maneira não muito organizada, por favor), as ervilhas e o milho. Depois, os brócolis e a vagem. Coroando tudo, os deliciosos tomates-cereja marinados no aceto balsâmico e, por cima de tudo, os cubinhos de ricota condimentada. Polvilhe salsa desidratada (ou rasgue algumas folhas de salsa fresca), regue com uns 2 ou 3 generosos fios de azeite extra-virgem e sirva. Cabe aqui um alerta sobre essa salada: ela fica tão boa, mas tão boa, que é capaz de seus convidados esquecerem do prato principal (rsss).

Abraços e bom apetite!!!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cavala Assada na grelha! (FORTAL pt2)

Olha o peixão aí, que tal? E não, não tenho a receita (infelizmente)...

E para acompanhar,  adivinhem?

Pargo com Molho de Camarão (FORTAL pt1)

Aproveitei as férias para dar um pulinho em Fortaleza e fiz um pequeno "tour" gastronômico, cujas fotos começarei a postar aqui hoje. As fotos que posto aqui no blog geralmente são de pratos feitos por mim, mas não foi este o caso - e não, não tenho as receitas; nem os restaurantes revelam seus segredos... . De qualquer modo, fica aqui pra gente se deliciar... .

O primeiro prato é o Pargo com Molho de Camarão. NHAM!

Até a próxima.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Bruschetta diferente!


Essa idéia foi uma constribuição de minha sogra, Socorro Martins. Ela preparou estas bruschettas diferentes, e ficaram tão boas que não tive dúvida: deveria postá-las aqui. Você vai precisar de:
  • fatias de pãozinho tipo "bisnaguinha" (a marca Pullmann vende pacotes desses pãezinhos nos grandes supermercados de Belém); corte ao meio cada bisnaguinha; use uma quantidade de pão suficiente para espalhar a cobertura de atum;
  • 01 lata de atum; você vai refogar o atum numa frigideira quente; pode refogar da maneira que quiser (derretendo manteiga e esmigalhando o atum, acrescentando cebola e/ou alho picados, substituindo a manteiga por azeite de oliva...); só não coloque sal (especialmente se usar manteiga, que já é salgada; recomendo refogar com azeite);
  • tomate cortado em cubinhos, o quanto baste para uma colherada sobre cada fatia de pão;
  • ketchup (os chefes de cozinha podem substituir por molho de tomate condimentado, industrializado ou não; em casa, se quiser, use o bom e velho ketchup);
  • folhas de manjericão fresco;
  • leite (líquido), o suficiente para uma pequena colherada sobre cada fatia (sem encharcá-la);
  • sal
Pré-aqueça seu forno. Numa assadeira, polvilhe pitadas de sal e regue o fundo dela com alguns fios de azeite. Acomode as fatias de pão. Sobre cada fatia, derrame uma colher de chá de leite (um pouco mais, um pouco menos... cada fatia deve ficar um pouco macia, absorvendo o leite, mas não tanto a ponto de se desmanchar, de tão molhada).

Refogue o atum ao seu gosto e distribua-o às colheradas, sobre cada fatia. Em cima do atum, coloque o tomate em cubinhos, algumas gotas de ketchup (ou do molho de sua preferência) e uma folha de manjericão fresco em cada fatia. Regue cada pão com um pouco mais de azeite de oliva e leve ao forno por 15 minutos, no máximo. Sirva (e coma!) ainda quente!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Filezinho com Tomate e Espaguete


 Simplicidade e gostosura. Você vai precisar de:
  • 300g-400g de filé cortado em cubinhos ou tiras;
Refogue o filezinho como achar melhor. Eu aqueço azeite de oliva numa panela, acrescento alho e cebola picados à gosto, tempero com sal e pimenta do reino (coloque pitadas e vá provando para se ajustar ao seu paladar; não exagere no sal, porque a receita ainda vai receber mais tempero adiante) e vou mexendo o filé até ele ficar douradinho. Reserve.
  • 200ml de molho de tomate;
  • 01 tomate cortado em pedaços (sem pele nem sementes - muito embora eu use com a pele e tudo; tem gente que não gosta, mas desconsidero isso quando faço o molho pra família... continua gostoso do mesmo jeito);
  • 03 colheres de sopa cheias de azeite de oliva;
  • 01 colher de sobremesa (rasa) de açúcar;
Aqueça o azeite numa panelinha, misture o tomate e deixe refogando com um pouco de sal. Ele vai desprender um pouco de água. Se você achar que o fundo de sua panela vai queimar, acrescente mais azeite de oliva e vá mexendo até ele ficar tenro, macio, quase (eu disse QUASE) se desfazendo. Acrescente o filezinho refogado, mexa e junte o molho de tomate. Prove. Talvez seja necessário corrigir o sal (que é sempre bom acrescentar aos pouquinhos, pois sal sempre conseguimos corrigir quando falta, mas nunca quando fica em excesso). Acrescente o açúcar, mexa novamente e prove mais uma vez. O açúcar deverá ter quebrado a acidez do molho de tomate. Se ainda estiver ácido, coloque mais algumas pitadas de açúcar até ficar de seu agrado.

Após dez minutos estará pronto. Desligue o fogo e, se quiser, acrescente mais uma ou duas colheradas de sopa de azeite de oliva e um punhado pequeno de orégano ou manjericão desidratado.
  • 300g de espaguete;
  • Óleo e sal à gosto (para preparar o macarrão);
  • 01 colher de sopa cheia de manteiga;
Cozinhe o macarrão até ficar al dente, escorra, tempere com uma colher de sopa de manteiga. Eu faço assim: depois de escorrer o macarrão, deixo um pouquinho de água (mais ou menos uma colher de sopa) no fundo da panela ainda quente, e nela, jogo a manteiga. Vou mexendo até a manteiga derreter, depois volto o macarrão para essa panela e nela dou algumas sacudidas para o molho amanteigado se incorporar à pasta. Usar um garfo para mexer  com força  o macarrão não é muito legal (ele terá sua textura sedosa agredida e começará a se desfazer, e você não quer um macarrão grudento, estilo "unidos venceremos", nessa receita).

Agora é só juntar tudo. O macarrão embaixo, o molho em cima.

Bom apetite!

sábado, 17 de abril de 2010

Risoto de Cream Cheese com Gorgonzola!

Pela primeira vez eu experimentei fazer uma receita de risoto. Tomei coragem, escolhi uma receita e fui em frente. E sinceramente? Ficou GOSTOSO PRA CAR@#$!

Hahaha, desculpem meu entusiasmo, mas realmente ficou muito gostoso. Para 6 a 8 pessoas, você vai usar:
  • 500g de arroz de risoto (existem vários tipos vendidos nos melhores supermercados, o do tipo "arbório" é o mais conhecido, mas eu usei o "carnarolli", considerado o "rei dos risotos");
  • 02 dentes de alho picados;
  • 01 cebola média picada;
  • 1 1/2 litro de caldo de galinha (use caldo pronto - tablete dissolvido em água fervente - ou, se preferir, obtido a partir do cozimento da carcaça de galinha ou frango, fervida em abundante água com sal, cebola e cenoura em rodelas);
  • 01 taça cheia de vinho branco seco;
  • Sal e pimenta do reino moída na hora à gosto;
  • Azeite de oliva, o suficiente;
  • 1/2 embalagem de cream cheese;
  • 01 colher de sopa de queijo gorgonzola (sim, é AQUELE, fedorento e tal).
Numa panela de bom tamanho (uma caçarola, por exemplo), aqueça azeite o suficiente para refogar o alho e a cebola. Quando a cebola estiver douradinha, acrescente todo o arroz para risoto e vá fritando ele, até ficar translúcido. Diminua o fogo para não queimar. Mexendo sempre, depois que o arroz estiver com uma aparência meio transparente, acrescente o vinho branco. Vai chiar, não se assuste.

Continue mexendo até o álcool evaporar (isso ocorre depois de uns 3 minutos, mais ou menos, dependendo de sua panela e da potência de seu fogão). A partir daí, com uma concha, começe a acrescentar o caldo de galinha. E agora, vem o exercício de paciência comum à preparação de todo bom risoto: você não pode sair do lado do fogão. Vá colocando o caldo aos poucos, em conchadas, e mexendo sempre. Acrescente mais caldo sempre que o arroz tiver absorvido boa parte do caldo. Todo esse processo dura pelo menos 20 minutos, para você ter um risoto ao ponto (tem gente que prefere um arroz mais "crocante"). Se desejar um risoto mais macio, acrescente mais caldo e prolongue o tempo de cozimento (para 25 minutos).

Risoto é algo que deve ser extremamente cremoso. A última coisa que você quer é que seu risoto fique seco, por isso não economize no caldo. O ideal, como na foto, é que o risoto fique macio, tenro e suculento, coberto de um molho cremoso que se desfaz na boca.

Prove. Falta sal e pimenta do reino, certo? Então acrescente-os à gosto, um pouco antes do fim do cozimento (quando você já tiver passado dos 20 minutos). Não se esqueça de ficar sempre mexendo o risoto, para evitar que ele queime. Vá provando também, para encontrar o ponto ideal de seu agrado.

Quando o risoto estiver pronto, bem cremoso, desligue o  fogo, junte metade de uma embalagem de cream cheese e uma colher de sopa cheia de queijo gorgonzola. Misture bem e sirva imediatamente. IMEDIATAMENTE MESMO! O risoto não deve esperar ser servido.  Decore com umas folhinhas de coentro (cheiro verde) e se delicie com esse espetáculo!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Cebolas Caramelizadas!

Essa receita eu encontrei no site da Sadia (www.sadia.com.br) e resolvi testá-la (tirando o tomilho e o alecrim que Daniela, my wife, não suporta). Fica realmente uma delícia acompanhando peru assado!!!

O único porém da receita é seu longo tempo de preparo. Com paciência e vontade, entretanto, você será recompensado com as mais tenras e saborosas cebolas agridoces já vistas (e provadas) por este que vos escreve!!! E pra quem acha que vai ricar ruim, esqueça! Elas ficam macias, desmanchando-se no recheio cremoso. Então vamos à receita.
  • 08-10 cebolas grandes;
  • 01 caixinha de creme de leite (pode ser o light; você pode comprar uma lata ao invés da caixinha, rende mais creme);
  • 01 envelope de parmesão ralado;
  • sal e pimenta do reino à gosto;
  • 05 colheres de sopa cheias de margarina;
  • 03 colheres de sopa de açúcar;
Então, você tem esse monte de cebolas aí na sua frente. Descasque-as. Separe uma delas.
Com as cebolas restantes, corte-as em baixo (formando uma "base" pra ela ficar em pé) e em cima (um "tampo"). Reserve também essa base e o tampo. Com uma boa faca de cozinha, cave um buraco no meio das cebolas, deixando-as ocas como um côco. Faça isso com todas elas.

Agora pique todos os tampos e bases reservados junto com o interior que você retirou de cada cebola, e mais a cebola que você separou lá no início da receita. Esse monte de cebolas picadas  será a base do creme que vai rechear as cebolas ocas.

O CREME: numa panela aquecida, coloque a margarina, as cebolas picadas, sal e pimenta do reino à gosto. Acrescente ainda o açúcar. E deixe cozinhar de 35 a 40 minutos em fogo baixo. Mexa de vez em quando. Se você sentir que as cebolas podem queimar, coloque mais uma ou duas colheres de margarina. Não use manteiga, senão vai queimar mesmo!

Enquanto as cebolas picadas cozinham, distribua as cebolas ocas num refratário.

Faltando cerca de 10 minutos para encerrar o cozimento das cebolas picadas, pré-aqueça o forno (200º). As cebolas picadas deverão estar meio escuras, cor de caramelo.  Desligue o fogo, junte o creme de leite e o parmesão ralado, mexa bem e, com uma colher, recheie cada cebola oca com essa mistura.

Numa assadeira, leve as cebolas já recheadas ao forno pré-aquecido. Elas vão assar em forno (180º-200º) por cerca de 25-30 minutos, um pouco mais talvez, dependendo do forno. Quando as cebolas estiverem no ponto (você espeta um garfo e ele entra com facilidade), está pronta mais uma delícia!! Acompanha um bom assado e vinho branco. Ou uma cerveja estupidamente gelada!!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Lasanha com Ricota e Espinafre!

Um prato delicioso e que serve como uma alternativa menos "pesada" se comparada à lasanha que postei anteriormente. Serve de 6 a 8 pessoas, comendo bem. Você vai precisar de:
  • um pacote de massa para lasanha (que vá direto ao forno, sem precisar cozinhar antes) de 500g;
  • 300-400g de ricota fresca (com sal);
  • folhas de 03 maços de espinafre;
  • 02 ovos;
  • 02 envelopes de queijo parmesão ralado;
  • 02 caixas de 520g de molho de tomate pronto (tipo Pomarola Tradicional); ou 1 caixa de 520g mais duas latas de molho de tomate (da mesma marca) do tipo "Ervas Finas" ou "Salsa e Cebolinha";
  • sal e pimenta do reino à gosto;
  • 01 colher de chá de orégano desidratado (opcional);
  • 500g de mussarela fatiada.
Com um garfo, esfarele a ricota. Numa tigela, misture os ovos à ricota e uma parte do parmesão (um envelope inteiro e metade do outro). Se quiser usar orégano na receita, misture uma colher de chá neste momento. Tempere com uma colher de sobremesa (ou de chá, rasa) de sal e pimenta do reino à gosto.

Escolhidas e lavadas, as folhas do espinafre devem ser cozidas por no máximo cinco minutos em água fervente com um pouco de sal. Elas ficarão macias e murchas. Retire-as da água e coloque-as no processador de alimentos (você não vai bater muito, senão elas virarão patê - processe o suficiente para triturá-las em pedacinhos pequenos). Se não tiver processador, espere esfriar (ou mergulhe-as na água gelada para acelerar isso) e pique-as com uma boa faca.
Quando o espinafre estiver "processado", acrescente-o à mistura de ricota. Mexa bem até obter uma mistura granulada com esta aparência. Será seu recheio.


Agora vamos começar a montagem da lasanha. Pré-aqueça o forno (200º) enquanto executa esta etapa.

Numa forma retangular (ou lasanheira) espalhe no fundo uma camada de molho de tomate (duas colheres de sopa cheias estão de bom tamanho).

Sobre o molho coloque as folhas de lasanha (uma ao lado da outra, não sobreponha folhas de massa). Sobre a massa, mais duas ou três colheradas generosas de molho de tomate. Por cima da camada de molho, acrescente colheradas do recheio de ricota e espinafre, espalhando com uma colher.

Sobre esse recheio, mais uma camada, desta vez, de queijos: polvilhe um pouco do queijo ralado restante e por cima, coloque três ou quatro fatias de mussarela.

Agora é só repetir: por cima da mussarela, coloque a massa de lasanha, depois molho de tomate, o recheio de ricota e espinafre e os queijos parmesão e mussarela (fatiada).


Feche a última camada com massa de lasanha, fatias de mussarela e molho suficiente para quase cobrir a lasanha na assadeira. Polvilhe o restante do parmesão. Novamente eu reitero: capriche na quantidade de molho. A lasanha fica mais suculenta se estiver em  mais líquido. Lasanha preparada em pouco molho fica ressecada, dura como uma sola de sapato, e não é isso que você quer. Se o molho já tiver acabado, uma dica: acrescente delicadamente sobre a lasanha já montada um copo de água (200ml) ou menos, o suficiente para se certificar de que há molho em volta da massa. Não se preocupe com a diluição, isso também ajuda a reduzir o forte sabor condimentado normalmente encontrado no molho industrial (um dia eu experimento fazer esse prato com molho feito em casa...).

Leve ao forno pré-aquecido. A marca de lasanha que eu comprei indicava que ela ficava pronta em 15 minutos, mas é provável que devido à quantidade de molho, você demore uns 20-25 minutos pra ter sua lasanha pronta. A dica é: quando o molho estiver borbulhando, retire do forno. Sirva imediatamente (nada de esperar a lasanha esfriar). NHAM!!!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Lasanha com Banana!

Essa lasanha eu aprendi a fazer na casa de minhas primas, e depois repeti em casa colocando meu "toque especial" (huahahaha). Servi durante a visita dos amigos Kelly e Emílio Mansur, de Fortaleza, em 2008, e também no aniversário da minha filha no mesmo ano. Você vai precisar de:
  • 01 pacote de massa para lasanha (de preferência a que vai direto ao forno);
  • 600g de queijo mussarela;
  • 400g de presunto (suíno ou de peru, fatias finíssimas de preferência);
  • 01 banana prata em rodelas finíssimas;
  • 01 litro de leite;
  • 100g de manteiga, exatamente;
  • 100g de farinha de trigo, exatamente;
  • Queijo parmesão ralado à gosto;
  • 04 a 06 dentes de alho picados;
  • 01 lata de molho de tomate temperado (tipo Pomarola ou similar), opcional;
Faça um "molho bechamel" que serve de base para a lasanha. Numa panela sobre fogo médio  derreta a manteiga e acrescente a farinha de trigo aos poucos, em colheradas rasas. Mexa firmemente com um garfo ou colher de pau. Quando toda a farinha já estiver misturada à manteiga, passe a acrescentar lentamente o leite, mexendo vigorosamente para não empelotar. É importante mexer bem e juntar o leite aos poucos (colocar todo o leite de uma só vez vai empedrar o molho, dificultar sua diluição). O molho bechamel estará pronto quando atingir o ponto semelhante a um mingau de maisena.

Com o molho pronto, acrescente nele o alho e o queijo parmesão à gosto. Sugiro, como sempre, que você compre uma fatia de parmesão fresca e rale na hora - o sabor é esplêndido! Retire a panela de bechamel do fogo.

Agora monte a lasanha. No fundo de uma assadeira retangular de vidro (ou uma lasanheira) espalhe umas duas boas conchadas do bechamel. Depois coloque uma camada de folhas de massa (lembre-se, como você está usando a do tipo que não precisa ser cozida antes, ela vai ao forno assim mesmo e ficará pronta lá dentro; fique atento na hora de comprar). Não sobreponha folhas de massa umas às outras, a camada preferencialmente deverá ser fina e delicada.

Feito isso, coloque uma camada de queijo mussarela, presunto, molho e outra de massa. Vá alternando essas camadas.

Quando estiver mais ou menos no meio da lasanha, em alguma camada intermediária (seja ela de queijo, presunto ou massa), distribua uma camada de rodelas finíssimas de banana. Essa camada será única (toda a banana ficará aqui, espalhe-a bem - não estranhe, mas isso ajudará a distribuir melhor o sabor e não sobrecarregará a lasanha de doce). Quando terminar de fazer sua camada de rodelas de banana, prossiga as camadas normais (massa, queijo, presunto, molho, massa...) até preencher a assadeira.

Por último, derrame o restante do molho por cima e em volta da lasanha. É importante que os ingredientes fiquem totalmente envoltos nesse molho, quase "nadando" (do contrário a lasanha ficará seca, e não isso que você quer, pelo contrário - a suculência da massa e do recheio imersos no molho cremoso são marcas registradas desta lasanha!).

Polvilhe generosamente seu queijo ralado por cima da lasanha e derrame alguns fios de azeite à gosto. Leve ao forno pré-aquecido respeitando as regras de cozimento que constam na embalagem da sua lasanha. Depois é só retirar do forno e servi-la ainda quente, borbulhando! Hum!

DICA 1: ao finalizar sua lasanha, sobre a última camada, você pode acrescentar uma lata de molho de tomate (ex: Pomarola com Manjericão ou com Azeite e Ervas Finas), espalhando com a ajuda de um garfo antes de jogar o parmesão.

DICA 2: Como você notou esta receita não leva sal, pois todos os ingredientes já são devidamente temperados/salgados e complementam o paladar agridoce (por conta da banana) que confere ao prato seu gosto marcante. Bom apetite!!!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Olha só essa massa!!!

Que delícia! Eu mesmo fiz em um almoço no início do ano. Você vai precisar de:
  • 01 berinjela bem grande (ou duas médias) cortadas em cubos;
  • 02 latas de tomates italianos, sem pele, escorridos (nesta receita você vai usar apenas os tomates, mas ao invés de descartar o suco que os acompanha dentro da lata, pode guardá-lo para outras preparações - lembre-se apenas de conservá-lo em geladeira em recipiente bem fechado);
  • 02 pimentas vermelhas ("dedo de moça") sem sementes, picadinhas;
  • 10 a 12 azeitonas pretas, descaroçadas e fatiadas;
  • Um bom punhado de folhas frescas de manjericão;
  • 05 a 07 dentes de alho bem picadinhos (pode colocar menos se quiser);
  • 500g da massa de sua preferência (recomendo espaguete, fettucinne ou talharim, mas com papardelle também fica bom), fresca ou não;
  • Azeite de oliva;
  • 01 colher de sopa de vinagre de vinho tinto (opcional);
  • Um envelope de queijo parmesão ralado de boa procedência (se puder, experimente comprar um bom pedaço de parmesão e ralar na hora; uma fatia de mais ou menos 170g sai por uns R$ 5,00 nos supermercados, e o sabor fica outra coisa...);
  • 01 colher de sobremesa de açúcar;
  • Sal e Pimenta do Reino moída na hora à gosto.
Não tem segredo. Numa panela de bom tamanho aqueça o azeite, refogue o alho (rapidamente) e antes dele dourar, acrescente as azeitonas, a pimenta e as berinjelas em cubinhos. Vá refogando as berinjelas, acrescentando mais azeite quando necessário, até elas ficarem escuras e macias. Acrescente os tomates pelados cortados grosseiramente e vá mexendo, temperando com um poquinho de sal e pimenta do reino.  Prove (os tomates ajudam a revelar o sal das azeitonas, por isso não carregue tanto no sal antes de deixar os ingredientes refogando juntos). Borrife com um pouco de vinagre de vinho tinto (opcional).

Você pode colocar neste momento um pouco de açúcar para corrigir a acidez e deixar o paladar de seu agrado. Ponha mais azeite até que os ingredientes estejam envolvidos pelo delicioso molho oleoso, resultado da combinação do tomate macerado no azeite e a berinjela.

Cozinhe a massa até ficar no ponto (al dente). Escorra e reserve. Finalize o molho acrescentando um pouco de folhas de manjericão e misture-o à massa escorrida há pouco. Sirva imediatamente em seguida, jogando por cima mais algumas folhinhas de manjericão , o queijo ralado e um pouco de azeite extra-virgem de oliva. Acompanha bem um ótimo vinho tinto demi-sec (meio seco) feito com uvas Merlot, Cabernet ou Carmenére. Divino!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Projeto Bruschetta (parte 2)

Conforme prometido, posto aqui algumas fotos do "Projeto Bruschetta" realizado por mim neste último final de semana. Reproduzi a receita de bruschetta do filme "Julie e Julia" e... FICOU SENSACIONAL!!!

Gente, experimentem! A receita está aqui no blog, no "Projeto Bruschetta (parte 1)". Fica uma combinação excepcional, a crocância do pão frito no azeite com a maciez do tomate marinado!

Eu usei pão italiano (comprei no Líder, R$ 2,70 em média) e cortei as fatias de modo que eu tivesse um lado com "miolo" e outro com "casca" (diferente de quando cortamos fatias comuns de torrada). A fritura em si é bastante rápida, não desprende muita gordura até porque o pão se encarrega de absorver o azeite.

Eu reproduzi a receita de duas formas, retratadas nas fotos acima. Na primeira foto, as bruschettas foram feitas com manjericão desidratado (que você compra em embalagens plásticas no supermercados). Na segunda foto, usei folhas rasgadas de manjericão fresco. Apesar da receita ser a mesma, recomendo o uso de manjericão fresco - vai elevar o sabor da bruschetta a um outro nível!!! E o perfume característico do manjericão tem tudo a ver com esta entrada!!! Provei e aprovei!!!

sábado, 13 de março de 2010

Caça ao Arenque!!!

O arenque é um peixe pequeno, gorduroso, encontrado em águas do Atlântico Norte, Pacífico e mares Báltico e Mediterrâneo. Vive em grandes cardumes, é rico em Ômega 3 e fonte de vitamina D.

Em Belém, sabia que podemos encontrar arenque? Eles são normalmente vendidos nos supermercados em latas parecidas com as de sardinha (um pouco maiores). O preço é salgado: sai por R$ 28,00 a latinha, em média. Mas esse arenque pode ser usado em um molho DELICIOSO que acompanha torradas como um perfeito antepasto. A contribuição desta receita é de minha digníssima sogra Socorro Martins (não, não estou puxando saco, huahahahaha!!!).

Super simples! Você vai precisar de:
  • 01 lata de arenque ao molho de pimenta (foi o tipo usado);
  • 01 colher de sopa de vinagre;
  • 1/2 colher de sopa de açúcar;
  • sal à gosto;
  • 02 colheres de sopa (generosas) de mostarda;
  • 01 lata de creme de leite;
  • 01 maçã verde cortada em fatias finas;
  • 01 cebola média cortada em fatias finas;
  • 01 colher de sopa de azeite.
Refogue o arenque no azeite e metade da cebola. Reserve. Numa vasilha misture bem o creme de leite, o vinagre, açúcar, sal e mostarda até virar um creme espesso.

Mergulhe as fatias de maçã verde nesse creme. Adicione à mistura a outra metade da cebola em fatias finíssimas.

Arrume uma parte do creme com as maçãs num prato, bandeja ou refratário, coloque por cima o arenque, depois mais um pouco de creme e arenque. Este molho deve ficar na geladeira por no mínimo duas horas antes de servir.

Na foto acima, uma sugestão de como servir - uma torrada ou fatia de pão italiano com uma porção generosa do creme onde vai a maçã em fatias finas e o delicioso arenque. Um espetáculo!!! Provei e aprovei!!!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Projeto Bruschetta (parte 1)

Adoro bruschetta (rsss).

A bruschetta é um antepasto de origem italiana feito com pão frito e temperos (normalmente tomate e manjericão). É aparentemente simples de se fazer, e é justamente para testar essa simplicidade (junto com seu tão afamado sabor) eu que vou realizar neste final de semana o "Projeto Bruschetta (parte 1)" em casa. Estou tomando por base as bruschettas deliciosamente preparadas no filme "Julie e Julia", que assisti no início desta semana, onde a personagem Julie Powell prepara bruschettas usando a receita do livro de Julie Child (pra quem não sabe, Julia Child foi uma culinarista, autora de livros e apresentadora de TV bastante famosa - em boa parte do mundo e agora, principalmente no Brasil, depois do filme; formou-se pelo  Le Cordon Bleau, uma das mais importantes instituições francesas da alta gastronomia).

Pesquisando na internet, achei uma receita que teria sido a mesma usada no filme. Traduzi o modo de fazer, que é o seguinte:

  • Escolha um excelente pão. Isso é crucial. Um ótimo pão de aparência rústica, interior macio e casca crocante. Corte-o em fatias de boa espessura (evite fatias muito finas, como as das torradas padrão) no sentido no comprimento.
  • Frite as fatias de pão em azeite de oliva.
  • Quando as fatias estiverem fritas, casca crocante e interior do pão levemente áspero, esfregue um dente de alho nelas. A receita original prevê que o alho vai se desintegrar porque será "raspado" contra a superfície áspera do pão, como se fosse passado num ralador (a receita original não diz, mas acredito que devamos esperar um pouquinho antes de esfregar o alho - a não ser que você queira queimar as mãos, rsss...).
  • Depois de temperar o pão com alho, regue as fatias com o melhor azeite extra-virgem de oliva que encontrar, tempere com umas pitadas de sal (a receita pede Maldon Sea Salt, que é óbvio que não encontrarei em Belém...) e pimenta do reino fresca (moída na hora).
  • Corte tomates vermelhinhos em pedaços, junte folhas de manjericão fresco (vou roubar algumas da casa de minha sogra) e misture-os numa tigela com mais um pouco de azeite de oliva. Deixe marinar um pouco, então tempere com sal e pimenta (um pouquinho de sal, já que você temperou previamente a torrada). A receita recomenda que você tempere com sal no máximo meia hora antes de servir, porque o sal revela os sucos do tomate (ele meio que se desmancha), que é o que você quer, mas não muito.
  • Coloque essa mistura (tomates cortados em cubos, marinados com azeite, manjericão, sal e pimenta) sobre as fatias. Aguarde uns minutos para o pão absorver um pouco desse molho de azeite e a água que se desprende dos tomates.
  • Coma!
Vou experimentar. Vamos ver se consigo fazer algo próximo da foto acima, que foi retirada do próprio filme "Julie e Julia". Seja qual for o resultado, postarei aqui a parte 2 do Projeto Bruschetta.

Foto: Sony Pictures.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Segredos milenares e impossíveis do Teriaky

O molho teriaky é um aliado imbatível de sabor.

Sua preparação é tão difícil, mas tão difícil, que estudiosos levaram séculos para desvendar como tal alquimia seria possível! Eu mesmo tive de subornar cinco monges chineses para obter a receita em pergaminho escrita no século 4 D.C. (buahahahahahahaha...)

Brincadeiras à parte, o teriyaki original na verdade é uma preparação, um modo de marinar carnes no molho de soja e vinho de arroz. Mas no ocidente, virou sinônimo de um molho denso feito de forma bastante simples. Testei, aprovei e ensino agora. Você vai usar:
  • 100ml de saquê doce (à venda na parte de produtos chineses dos supermercados, custa por volta de R$11,00);
  • 100ml de molho de soja (shoyo);
  • 1/4 ou 1/3 de xícara de chá de açúcar.
É importante você seguir fielmente essas quantidades, senão o molho pode apresentar alguns "efeitos colaterais" (ahahah), como ficar muito grudento. Quando experimentei essa receita, originalmente, coloquei meia xícara de açúcar, e o molho ficou extremamente "puxa-puxa". Tive de colocar um pouquinho de água (2 a 3 colheres de sopa) para ele ficar  mais fluido.

Preparo:
Numa panela, aqueça o saquê e o shoyo misturados junto com o açúcar. Cozinhe em fogo médio-alto até engrossar. Enquanto ele aquece, acontece algo similar ao preparo de uma calda de caramelo: o açúcar e o álcool do saquê, juntos, vão fazer toda a mistura borbulhar muito. Continue mexendo com uma colher de pau (ou de plástico, para evitar arranhar o fundo da panela - seja ela de alumínio ou teflon) até ficar com uma consistência de melado. Use para temperar peixes, carnes, yakissobas e outras massas. Fica uma delícia sobre berinjelas grelhadas (que outro dia eu explico como fazer).

PS: encontrei sakê doce por cerca de R$ 5,00 na "Casa do Camarão", uma loja de produtos japoneses em frente ao supermercado Formosa da Duque.

Foto: www.cookasianfood.com

Mexidinho nosso de cada dia...

Que atire a primeira pedra quem nunca se rendeu ao famoso "mexidinho do dia seguinte"! Ah, qual é, a cesta básica subiu quase 3% (2,65% segundo o DIEESE) na capital paraense em janeiro de 2010, em comparação ao mesmo período do ano passado! Muitos gêneros alimentícios o Pará precisa importar! E você ainda vai jogar comida fora??

Em casa preparo mexidinhos (também apelidados "yakissobra" por muitos) com alguma regularidade. Até mesmo iniciantes na cozinha não vêem segredo. Pique os ingredientes, misture com ovos batidos numa frigideira com uma boa quantidade de manteiga, espere os ovos se solidificarem (e a manteiga temperar ainda mais o que quer que você tenha colocado na frigideira) e VOILÁ!

Mas seu mexidinho não precisa ser apenas desse jeito. Aqui vão algumas dicas (algumas caras, outras baratas) para você se alimentar bem em casa:
  • Carne moída: se sobrou carne moída (nosso picadinho em Belém), refogue 2-3 dentes de alho picados, 1/2 cebola e uma pitada de pimenta de reino (moída na hora) com uma generosa colher de manteiga (ou margarina, eu prefiro a Qualy, da Sadia - e não recebi nada por esse merchã, heim?). Quebre dois ou três ovos, misture-os numa tigelinha e acrescente ao refogado (onde já deverá estar o picadinho de ontem). Mecha até que os ovos fiquem firmes e despedaçados no meio dessa coalisão de sabores!
  • Bife: se sobrou bife, você pode imitar a receita acima, substituindo o picadinho por fatias finas da carne. Faça o mesmo com frango, se disponível, mas evite misturar carne (bovina, suína, de cordeiro etc) e frango na mesma preparação. Será um conflito tenebroso de sabores e quem perde é seu paladar!
  • Ingredientes: não desperdice cebolas, pimentões e/ou tomates em rodelas usados na preparação do dia anterior. Você pode guardá-los separados com o  molho em que a comida foi feita (se tiver) num recipiente tipo "ziploc" (de plástico com tampa) ou de vidro (também com tampa) para evitar qualquer cheirinho desagradável na sua geladeira (receber os amigos em casa e abrir uma geladeira fedorenta é uma vergonha, fuja disso!). Além disso, você diminui a quantidade de sal (já que os temperos anteriores já estão salgados).
  • Turbinando seu Mexidinho: existem algumas coisas que você pode comprar para melhorar seu mexidinho - isso vai até aumentar a quantidade de comida, o que pode ser um bom improviso no caso dos convidados de última hora para o almoço (se eles forem seus amigos não vão criticar seu mexidinho, e se criticarem, lembre-os que são eles que vieram pedir o favor de serem alimentados por você e não o contrário): você pode colocar cubinhos de presunto (cru ou refogado junto com os demais temperos, antes de colocar ovo); você pode colocar cubinhos de bacon (eu não ligo, mas monitore suas artérias); champignons e creme de leite (neste caso, esqueça o ovo; seu mexidinho vai virar uma espécie de "estrogonofe" popular) com um punhado de salsinha ou manjericão desidratados; se o seu mexidinho é de filé, que tal acrescentar cogumelos shitake cortados em fatias? Esses cogumelos já podem ser encontrados nos supermercados (cerca de R$ 10,00 o pote); no final do ano passado cheguei a encontrá-los no supermercado Nazaré da 14 de Março em Belém - mas não sei se ainda tem.
Enfim, tente essas combinações e depois me diga o que achou. E se quiser sugerir outras, poste aqui!
Ah, e sobre o mexidinho da foto, ele é um exemplo de como um simples detalhe faz a diferença. Trata-se de um mexidinho com bife, ovo, cebola, alho, pimentão, sal e pimenta do reino e... molho teriaky (comum na culinária oriental) que eu mesmo fiz! Gente, você não fazem idéia de quanto sabor esse prato ganhou, com o simples acréscimo do molho!!! Bom apetite!!!

terça-feira, 9 de março de 2010

Salada de Filé de Gurijuba


Esta é uma deliciosa salada de filé de gurijuba que fiz um dia desses.

A gurijuba é um peixe relativamente comum na região amazônica. Sua carne tem a peculiaridade de ser mais firme e tenra - definitivamente, não é um peixe que se "desfaz" em caldeiradas. Macia porém densa, ela é bastante suculenta e casa com perfeição neste prato.

Além do peixe, vão batatas cozidas amassadas, cenouras, cebolas picadinhas, um pouquinho de salsa desidratada e pimenta do reino, pitadinha de sal e azeite extra-virgem de oliva. Eu também colocaria opcionalmente cebolinha (mas não foi o caso aqui). O molho é de maionese "0% colesterol" mesmo, embora eu admita que isso ficaria muito mais gostoso com um molho à base de iogurte natural (que ainda tô pesquisando), meio azedinho, ou mesmo uma boa coalhada.

Para esta receita, não estipulei quantidades por dois motivos: ela foi feita com sobras de filés de gurijuba que assei no forno (um dia eu posto isso aqui), o que é um ótimo destino a ser dado a esse peixe tão rico no dia seguinte; e também porque fiz o prato usando o que tinha na geladeira. Entretanto, diria que para um adulto comer bem, esse prato possivelmente seria feito com uma posta de filé de 250g por pessoa, 1 1/2 batatas cozidas e cortadas em cubos displicentes, 1/2 cenoura, 1/4 de cebola picadinha e o resto vai da sua sensibilidade (umas pitadinhas de sal aqui, umas pitadinhas de salsinha desidratada acolá, um punhado de pimenta do reino preta razoavelmente generoso...). Use o melhor azeite de oliva extra-virgem que encontrar.

Receita de Estréia!!

Olá, gente!

Tem tanta coisa que me levou a escrever este blog, mas acredito que as principais sejam: minha paixão por comida, a vontade de compartilhar receitas, meu apreço por cozinha, além da terapia que é escrever sobre alimentos tão revigorantes para o corpo... e a alma. Ah, ia esquecendo, o filme "Julie e Julia" que assisti um dia antes de publicar este blog também teve uma senhora influência em minha decisão.

Não me considero um expert em comida. Não sou um gourmet contratado de um restaurante da alta gastronomia. Sou, isso sim, um interessado pela alquimia que se dá quando vamos para a cozinha e transformamos carnes, grãos e massas em pratos saborosos. Sou um amante dos procedimentos que adotamos para transformar legumes, ervas e água em caldos e molhos. Sou um aficcionado pelo resultado final: um prato farto e fumegante de boa comida. SABOROSA comida!

Meu desafio é abastecer este blog com informações periódicas (talvez as atualizações se dêem a cada duas semanas) sobre receitas que experimentei, dicas que encontrei e chefes que entrevistei. Como jornalista, costumo ter algum acesso aos profissionais da cozinha de meu estado, Pará. E tentarei, dentro do possível, compartilhar o conhecimento deles conosco, entusiastas do forno e fogão!

Sejam bem-vindos ao Blog da Boa Comida.

André Mousinho.